Gabriel García Márquez e Fidel Castro
Os segredos de uma amizade
Somos amantes. Amantes de Cuba e da boa literatura.
Assim começa este obra literária conjunta do escritor espanhol Ángel Esteban e do Belga Stéphanie Panichelli. Escolhi este livro hoje pois retrata de forma sucinta a vida de dois daqueles que bem poderiam ser aspirantes a Comissários - Fidel Castro e Gabriel Garcia Marquez.
Para os mais distraídos, Fidel Castro é presidente de Cuba desde a Revolução Cubana (1958-1959), que derrubou o governo pró-americano do general Fulgêncio Batista. Esta revolução tinha um caráter nacionalista e socialista, pois recebeu forte influência do “companheiro” Ernesto Che Guevara (conhecido como “Che”) e do irmão de Fidel, Raúl Castro. Após a revolução, Fidel Castro aproxima-se da União Soviética, fazendo de Cuba uma aliada do socialismo na América. Facto que fez com que os Estados Unidos passasse a tratar a ilha como uma perigosa inimiga. Os Estados Unidos, na década de 1960, declararam um embargo econômico a Cuba, influenciando também na expulsão do país da OEA (Organização dos Estados Americanos). Também no decurso da revolução, Fidel implantou um sistema socialista na ilha, acabando com a desigualdade social entre os cidadãos cubanos. Implantou uma economia planificada, que contou com o apoio soviético durante a Guerra Fria. Após a queda do muro de Berlim e o fim dos regimes socialistas na Europa Oriental, Cuba começou a passar dificuldades sem os investimentos soviéticos. Atualmente, embora possua bons sistemas educacional e de saúde, os cubanos sofrem com as dificuldades financeiras. Castro ocupou o cargo de primeiro ministro da República de Cuba de 1959 até 1976. Em 2 de dezembro de 1976, passa a ser o presidente do Conselho de Estado (chefe do Estado) e presidente do Conselho de Ministros (chefe de governo) de Cuba. Além de todos os cargos que acumula no governo, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano desde a fundação em 1965. Após 49 anos no poder, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Castro anunciou sua renúncia ao cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano. O sucessor de Castro, no comando de Cuba, é seu irmão mais jovem Raúl Castro. Embora não possua o mesmo prestígio que o irmão, Raúl passou a sentir o gosto do poder no final de julho de 2006, após os problemas de saúde apresentados por Fidel Castro.
Já Gabriel García Márquez é um importante escritor colombiano, jornalista, editor e activista político, que em 1982 recebeu o Nobel de literatura pela sua obra, que de entre outros livros inclui o aclamado “Cem anos de solidão". Foi responsável pela criação do realismo mágico na literatura latino-americana.Viajou muito pela Europa e vive actualmente em Cuba a lutar contra um cancro. É pai do realizador Rodrigo García.
Neste livro, Gabo (como é designado Gabriel Garcia Marques) sonhava com uma América Latina unida e com um socialismo próprio, diferente da URSS ou de países comunistas como a China. Fidel seria um catalizador desse sonho com o exemplo que podia dar em Cuba de um Socialismo forte e justo. Os autores não evitam o tom crítico com que descrevem certos acontecimentos em Cuba ou mesmo relativamente a Gabo: muitas vezes ironicamente apontam o dedo ao regime de Fidel e a Gabo por nada fazer relativamente aos problemas cubanos (principalmente no que respeita aos presos políticos e às condenações à morte que Márquez sempre criticou). Sem dúvida que é um livro bem documentado, baseado numa bibliografia extensa, mas que nem sempre é isento - não podendo deixar de fazer esta crítica, tenho dúvidas no entanto que fosse possível escrever um livro destes com verdadeira imparcialidade.
Assim começa este obra literária conjunta do escritor espanhol Ángel Esteban e do Belga Stéphanie Panichelli. Escolhi este livro hoje pois retrata de forma sucinta a vida de dois daqueles que bem poderiam ser aspirantes a Comissários - Fidel Castro e Gabriel Garcia Marquez.
Para os mais distraídos, Fidel Castro é presidente de Cuba desde a Revolução Cubana (1958-1959), que derrubou o governo pró-americano do general Fulgêncio Batista. Esta revolução tinha um caráter nacionalista e socialista, pois recebeu forte influência do “companheiro” Ernesto Che Guevara (conhecido como “Che”) e do irmão de Fidel, Raúl Castro. Após a revolução, Fidel Castro aproxima-se da União Soviética, fazendo de Cuba uma aliada do socialismo na América. Facto que fez com que os Estados Unidos passasse a tratar a ilha como uma perigosa inimiga. Os Estados Unidos, na década de 1960, declararam um embargo econômico a Cuba, influenciando também na expulsão do país da OEA (Organização dos Estados Americanos). Também no decurso da revolução, Fidel implantou um sistema socialista na ilha, acabando com a desigualdade social entre os cidadãos cubanos. Implantou uma economia planificada, que contou com o apoio soviético durante a Guerra Fria. Após a queda do muro de Berlim e o fim dos regimes socialistas na Europa Oriental, Cuba começou a passar dificuldades sem os investimentos soviéticos. Atualmente, embora possua bons sistemas educacional e de saúde, os cubanos sofrem com as dificuldades financeiras. Castro ocupou o cargo de primeiro ministro da República de Cuba de 1959 até 1976. Em 2 de dezembro de 1976, passa a ser o presidente do Conselho de Estado (chefe do Estado) e presidente do Conselho de Ministros (chefe de governo) de Cuba. Além de todos os cargos que acumula no governo, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano desde a fundação em 1965. Após 49 anos no poder, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Castro anunciou sua renúncia ao cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano. O sucessor de Castro, no comando de Cuba, é seu irmão mais jovem Raúl Castro. Embora não possua o mesmo prestígio que o irmão, Raúl passou a sentir o gosto do poder no final de julho de 2006, após os problemas de saúde apresentados por Fidel Castro.
Já Gabriel García Márquez é um importante escritor colombiano, jornalista, editor e activista político, que em 1982 recebeu o Nobel de literatura pela sua obra, que de entre outros livros inclui o aclamado “Cem anos de solidão". Foi responsável pela criação do realismo mágico na literatura latino-americana.Viajou muito pela Europa e vive actualmente em Cuba a lutar contra um cancro. É pai do realizador Rodrigo García.
Neste livro, Gabo (como é designado Gabriel Garcia Marques) sonhava com uma América Latina unida e com um socialismo próprio, diferente da URSS ou de países comunistas como a China. Fidel seria um catalizador desse sonho com o exemplo que podia dar em Cuba de um Socialismo forte e justo. Os autores não evitam o tom crítico com que descrevem certos acontecimentos em Cuba ou mesmo relativamente a Gabo: muitas vezes ironicamente apontam o dedo ao regime de Fidel e a Gabo por nada fazer relativamente aos problemas cubanos (principalmente no que respeita aos presos políticos e às condenações à morte que Márquez sempre criticou). Sem dúvida que é um livro bem documentado, baseado numa bibliografia extensa, mas que nem sempre é isento - não podendo deixar de fazer esta crítica, tenho dúvidas no entanto que fosse possível escrever um livro destes com verdadeira imparcialidade.
A gente vê-se para a semana
2 comentários:
Aqui está um post fantástico! Ponham o Carlos a falar de política!
Já li e não vale um corno!
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